Em qualquer tipo de relacionamento (amizade, amoroso, profissional), tenho uma grande capacidade de entrega. Apesar de no início ser muito reservada, parecer ainda mais fria, quase que antipática, a verdade é que me entrego a 100%. Dou muito de mim aos outros e espero que a entrega seja recíproca.
Todavia, isso raramente acontece. Têm sido desilusões constantes, principalmente a nível de amizades. Já devia ter aprendido a ser mais cuidadosa, mais restrita na entrega, mas a minha essência é ser como sou. Às vezes corre bem, mas a maior parte das vezes há sempre um qualquer momento de desapontamento.
Tenho orgulho e um carinho muito especial nas verdadeiras amizades que me rodeiam. Sei valorizá-las e, sobretudo, alimentá-las. Tenho bastantes conhecidos, colegas de profissão, da universidade, etc, com quem mantenho o contacto, mas tenho a felicidade de ter mais do que uma mão cheia de amigos verdadeiros, daqueles com quem posso não falar/teclar/mandar sms durante meses, mas que estão sempre presentes e cujos últimos encontros parecem sempre ter sido no dia anterior. É bom ser tão afortunada.
Aqui, em Lisboa, fazem-me falta as minhas amigas do coração, as minhas confidentes, as minhas cúmplices, com quem me abro e partilho os meus momentos. Estou rodeada de muito boa gente, mas falta-me a intimidade construída ao longo de anos.
Em Londres, conheci uma das minha amigas mais chegadas (desde que a Ticiana faleceu que deixei de nomear as amigas como “melhores”), com quem mantenho uma relação próxima, apesar da distância. Vamos lá ver o que reserva esta passagem pela capital…
3 comentários:
Simplesmente nunca deixes de te dar...sem essa entrega a vida não tem sentido :) A vida trata de mostrar o que vale e não vale a pena....
Essa reserva é uma defesa importante!
Mas que não te impeça de seres feliz, de te dares com confiança a quem te estima.
Reserva-te novas amizades de certeza, umas mais "marginais" que outras, mas de certeza que boas :-)
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