quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Amizade

Em qualquer tipo de relacionamento (amizade, amoroso, profissional), tenho uma grande capacidade de entrega. Apesar de no início ser muito reservada, parecer ainda mais fria, quase que antipática, a verdade é que me entrego a 100%. Dou muito de mim aos outros e espero que a entrega seja recíproca.

Todavia, isso raramente acontece. Têm sido desilusões constantes, principalmente a nível de amizades. Já devia ter aprendido a ser mais cuidadosa, mais restrita na entrega, mas a minha essência é ser como sou. Às vezes corre bem, mas a maior parte das vezes há sempre um qualquer momento de desapontamento.

Tenho orgulho e um carinho muito especial nas verdadeiras amizades que me rodeiam. Sei valorizá-las e, sobretudo, alimentá-las. Tenho bastantes conhecidos, colegas de profissão, da universidade, etc, com quem mantenho o contacto, mas tenho a felicidade de ter mais do que uma mão cheia de amigos verdadeiros, daqueles com quem posso não falar/teclar/mandar sms durante meses, mas que estão sempre presentes e cujos últimos encontros parecem sempre ter sido no dia anterior. É bom ser tão afortunada.

Aqui, em Lisboa, fazem-me falta as minhas amigas do coração, as minhas confidentes, as minhas cúmplices, com quem me abro e partilho os meus momentos. Estou rodeada de muito boa gente, mas falta-me a intimidade construída ao longo de anos.

Em Londres, conheci uma das minha amigas mais chegadas (desde que a Ticiana faleceu que deixei de nomear as amigas como “melhores”), com quem mantenho uma relação próxima, apesar da distância. Vamos lá ver o que reserva esta passagem pela capital…

3 comentários:

  1. Simplesmente nunca deixes de te dar...sem essa entrega a vida não tem sentido :) A vida trata de mostrar o que vale e não vale a pena....

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  2. Essa reserva é uma defesa importante!
    Mas que não te impeça de seres feliz, de te dares com confiança a quem te estima.

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  3. Reserva-te novas amizades de certeza, umas mais "marginais" que outras, mas de certeza que boas :-)

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