Eu não teria dito melhor...

Não temos que jantar todos os dias com os gritos e impropérios do Dr. Marinho Pinto.

O que move o Bastonário dos advogados para, diariamente, nos brindar à hora do jantar com as denúncias contra os seus pares, no melhor vernáculo português?

Marinho Pinto surgiu como candidato a representante máximo dos advogados vindo do mundo dos pequenos escritórios, com uma carreira que se confundiu com a de jornalista e com fama de grande defensor da democracia, da liberdade e dos advogados pobres contra os ricos.

Neste contexto, foi eleito e, agora, legitimamente, reclama o direito de exercer as suas funções, apesar das críticas daqueles a que chama os advogados de elite.

Ninguém discute a legitimidade do seu mandato, mas já é muito preocupante ver como está a usar o lugar para que foi eleito.

Qual Hugo Chavez à portuguesa, o Bastonário ameaça acabar com os órgãos distritais que lhe têm feito oposição e, em nome de um protagonismo pessoal, coloca todos os dias na lama o prestígio da classe que representa, quer pelas contínuas acusações que faz aos advogados quer pela linguagem que usa para o fazer.

Acresce dizer que todos nós, os que não somos advogados, não temos que jantar todos os dias com os gritos e impropérios do Dr. Marinho Pinto.

Raquel Abecasis