A viagem de regresso

(imagem retirada de aqui)
Ontem foi dia de regresso.
Cheguei ao aeroporto com mais de 1 hora e meia de antecedência e ao fazer check in perguntei se ainda poderia optar por uma refeição vegetariana (por se tratar de uma 6ª feira de Quaresma não queria comer uma sandes de carne). O funcionário da TAP começou por dizer que os pedidos especiais deviam ser efectuados com pelo menos 24 horas de antecedência ou no momento da reserva e eu lá ia explicando que não me tinha apercebido de que o voo era numa 6ª feira de tempo quaresmal. O sr., simpático, foi falar com os colegas, e lá conseguiu fazer o pedido da refeição vegetariana.
Após os controlos fui para a porta 11 esperar pela hora do embarque. Mal anunciaram que o embarque tinha começado, formou-se uma fila enorme. Eu fiquei sentadinha a ler os blogs que tinha descarregado para o meu mac. Aquela gente preferiu estar de pé, a stressar, numa fila, enquanto poderiam fazer como eu, esperar mais um pouco, até porque os lugares são marcados e ao entrar a maior parte das pessoas simultanemanete no avião, teriam de ficar à espera que os outros passageiros encontrem o lugar que lhes corresponde, tirem os casacos e os coloquem nas bagageiras e só depois se sentem, permitindo a passagem das outras pessoas pelo corredor do avião.
Cerca de 30 minutos após a descolagem do avião, começaram a servir as refeições. Fiquei curiosa para ver qual seria a minha refeição. Quando chegou a minha vez de ser servida, peguei na sandes e fiquei pelo menos 3 minutos a olhar para a embalagem: era minúscula! Passada a surpresa inicial e o pensamento de que iria ficar com fome, abri a embalagem e qual não é a minha surpresa quando vejo que o conteúdo das sandes eram 3 meias rodelas de tomate e 3 rodelas de pepino! Pois é, vocês que me conhecem tão bem, sabem que eu não aprecio mesmo nadinha pepino. Fiquei na duvida sobre o que fazer. Mas como acredito que a Quaresma é um tempo de sacríficios, então o meu de ontem seria comer a sandes com o pepino, e assim foi!
Nos lugares da minha frente iam 2 executivos britânicos que já deviam ter bebido qualquer coisinha com alcóol antes do embarque, dado o estado de animação que reinava entre eles. Pareciam uns autênticos latinos em relação ao volume das conversas deles. Mas o que mais me indignou foi depois da refeição terem pedido cerveja, e esta lhes ter sido fornecida, mas mais! Deram-lhes aperitivos! Convém referir que aquela era a classe económica e não a executiva. Eu que tinha comido uma sandes vegetariana minúscula, ainda pensei em também pedir aperitivos, mas depois lembrei-me da Quaresma e resolvi fazer mais um pequenino sacrifício.
Quando já estava perto a hora em que deveriamos aterrar, o comandante informou que iríamos dar uma passeio por cima de Londres para fazer tempo, por causa do intenso tráfego aéreo. O atraso até acabou por ser bom: vi a O2 Arena, Canary Wharf, Saint Paul´s Cathedral, a London Eye, o Big Ben, o Hyde Park e o Stamford Bridge.
Acabamos por aterrar ainda dentro do horário previsto e depois tudo se processou rapidamente até que chegou a altura de esperar pelas malas. Demoraram mais de 28 minutos a anunciaram qual seria a passadeira onde as malas saíriam e quando finalmente divulgaram essa informação, ficamos imenso tempo à espera das malas (ainda hei-de escrever um post sobre o comportamento das pessoas quando esperam pelas malas nos aeroportos).