segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

2007 - 2008


Mais um ano civil a terminar e outro quase a iniciar. É altura de fazer um ponto da situação.
2007 foi um ano de escolhas e de mudanças. Mudança radical de vida. Vamos ver o que 2008 me reserva e os caminhos que terei de percorrer.
Ano novo, vida nova!

Fritas, milhos e rosquilhas


Nas nossas sobremesas de Natal nunca faltam as tradicionais das terras dos nossos progenitores: as fritas (no lado direito da fotografia com os azevinhos) que são feitas de abóbora, os milhos (no prato, enfeitados com canela) feitos de farinha de milho com açucar, leite e àgua e as rosquilhas (as primeiras do fotografia) que têm como ingredientes: farinha, açucar, aguardente, farinha e canela. A minha sobremesa natalícia preferida são os milhos.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Viagem

A noite não está a ser passada no aeroporto mas em casa. A pior parte é a ansiedade que não deixa o sono se apoderar do corpo para lhe dar algum descanso. Agora é esperar mais um pouco e rumar até ao aeroporto. Esperemos que o nevoeiro não pregue nenhuma partida e que a TAP seja pontual (podia variar um bocadinho...).
Até breve, já em terras lusas.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Natal

Os primeiros natais de que me lembro eram passados em casa da minha avó em Meirinhos, sempre com a família presente à volta da lareira. Era costume os meus primos, a minha irmã e eu fazermos um teatro de Natal e como eu era a mais pequena, geralmente era o menino Jesus. Era uma parte muito divertida, principalmente pelas roupas que vestíamos (camisas de dormir e combinações das nossas mães e avós). Nessa altura era o menino Jesus que trazia as prendas, apesar de eu as ter visto a serem arrumadas na mala da carrinha do meu pai (enfim...).
Desses tempos também me recordo das viagens intermináveis, dos enjoos, da visita à minha família paterna em Povolide, das fritas que trazíamos, do frio, da expectativa da chegada.
Na consoada nunca faltaram o bacalhau, o polvo frito e cozido, os bolinhos de bacalhau, as couves, as batatas e cebolas roxas (por serem cozidas com o polvo), o arroz de couves, a aletria, os milhos, as fritas, as rabanadas, o bolo rei, os frutos secos, as rosquilhas. Com o tempo foram aparecendo algumas variantes como bolo de bolacha, tiramisu, bolo rei só de frutos secos, algumas permaneceram outras nem por isso...
Até há pouco tempo todos os natais foram lá passados, com mais ou menos família presente. Mas agora mudaram para sempre, a família aumentou, assim como a disponibilidade para estar com todos os que nos são chegados.
Amanhã de madrugada iremos para o Porto, como não sei se voltar aqui antes do Natal desejo-vos um Santo e Feliz Natal. E já agora nunca desistam de um sonho. Se não houver numa pastelaria, vão a outra (é a piadinha deste ano!).

sábado, 22 de dezembro de 2007

À espera...


A contar os minutos... o regresso está para breve. Apesar de o voo ser de novo de madrugada, a noite não terá de ser passada no aeroporto, muito menos sozinha!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Esquilos - III


Ontem este esquilo estava dentro do caixote de lixo, saiu de lá e colocou-se nesta posição a comer todo satisfeito uma batata frita. Fui espreitar para dentro do caixote do lixo e estava lá dentro um saco de comida da MacDonald´s. Afinal não são só os humanos que gostam de junk food!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Epifânia

Quando hoje ia pela Warwick Road em direcção ao Tesco, tive uma epifânia. Foi como se uma lâmpada se tivesse acendido e se tivesse feito luz numa densa escuridão...

O frio




Hoje de manhã era este o aspecto dos Kensington Gardens. Cá têm estado temperaturas baixas, muito baixas. Mas em Janeiro e Fevereiro de certeza que irão ser piores e então aí teremos neve e geadas mais fortes do que a desta noite. Já a meio da tarde, quando passei pelo Serpentine em Hyde Park vi que estava parcialmente gelado, apesar de as gaivotas e patos continuarem por lá a nadar entre os pedaços de gelo (como festará daqui a 2 meses?).
Suponho que será devido à humidade que sinto sempre mais frio em Portugal do que cá. Aqui os ambientes interiores são todos aquecidos e as casas com um isolamento de fazer inveja a qualquer casa em Portugal.
Aqui os cuidados a ter com o vestuário são agasalhos bem quentes (casaco de fazenda muito quente ou de penas, luvas, cachecol e gorro) para o exterior e roupa de Primavera ou Outono para quando se está no interior de construções.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Inverno



Se há cerca de 1 mês as àrvores se apresentavam assim, agora estão despidas, a esperar o Inverno que já está a chegar. O frio já se sente, com as temperaturas máximas a rondar os 6º graus e as minímas a oscilar entre os 0º e os 3º graus. Pode ser que daqui a um 1 mês publique um post sobre neve...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

De volta

Já estou de volta a Londres e a contar os dias que faltam para o Natal, para mais um regresso à terrinha.
Se não vos causar muito transtorno, façam o favor de deixar os vossos comentários aos meus posts, eu sei que todos os dias lêm o meu blog, porque não hão-de deixar o anonimato?

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Luminosidade

Já aqui tinha feito referência à pouca luminosidade londrina, quer em minha casa quer no exterior. A diferença entre a luminosidade de Londres e do Porto é abismal, não só pelas horas diárias de luz, mas sobretudo pela sua qualidade. A diferença é a mesma entre a luz de uma lâmpada de 40 watts e a luz de uma de 100 watts. Além do que na terrinha há mais horas de luz no Inverno, enquanto que em Londres, por vezes, às 15:30 já está a anoitecer.
Tenho sentido bastante esta diferença, aqui o sol brilha com outra intensidade e foi preciso ir viver 2 meses longe daqui para me aperceber disso e agora desfrutar desta luminosidade com outra perspectiva.
Quem pensa que o Porto é uma cidade cinzento está redondamente enganado. Não sabe o que é viver numa cidade que está permanente com o sol encoberto e quando não o está, simplesmente parece que este não tem brilho...
Vou deixar para outro post a minha perspectiva sobre as diferenças de outro tipo de luz: as de Natal.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Aeroporto de Stansted


Passar a noite num aeroporto até pode nem ser aborrecido, cansativo ou deprimente. Tudo depende do estado de espírito da pessoa e do que tem consigo.
A maior parte das pessoas estão deitadas no chão a dormir ou nos poucos bancos que o permitem, as outras vagueiam incessacemente pelo aeroporto a tentar não deixar que o sono e o cansaço os vença. Há os que conversam, os que ouvem música, os que dormitam, os que namoram e os que estão simplesmente “na seca”.
Numa situação destas há que tirar o maior partido possível dos acontecimentos. Se se tiver precavido e tiver comida, bons agasalhos, um ipod e um portátil tem-se uma noite de sucesso garantida. Ou é mesmo uma hipótese de se ter algum tempo próprio para reflexão e organização dos pensamentos.
A parte mais aborrecida (desde as 2:00) é o martelo pneumático das obras exteriores do aeroporto, o que implica ter de ouvir o ipod com o volume perto do máximo (e ouvir o Kurt Cobain a cantar: “I don´t have a gun”). Além disso as portas estão abertas pelo que se sente uma fresca aragem mas bem melhor do que o -1 grau exterior.
A porta de embarque abriu há pouco (são 03:37), mas o Costa permite que as pessoas aqui estejam sentadas sem ter de consumir. À minha frente está uma senhora a ler um livro, noutra mesa um rapaz dorme debruçado sobre a mesma e agarrado ao seu portátil, os outros esperam que os minutos se transformem em horas e que simplesmente passem…
O que vale é que se trata de Stansted, o aeroporto mais moderno e arejado que serve a capital londrina. Pode estar situado bem para lá da periferia e demorar-se no minímo 1 hora a cá chegar, mas é um aeroporto moderno (o seu tecto faz lembrar o do Porto), limpo, organizado e agradável de estar. Bem pelo contrário pautam os aeroportos de Heathrow e de Gatwick. São antiquados, acanhados, até mesmo sufocantes.

P. S. Post escrito na madrugada do dia 12 no aeroporto de Stansted.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Porto de abrigo


Adoro ir à janela, ver os locais que me são familiares do alto do céu e tentar adivinhar o que se passará lá em baixo. Há locais que vislumbro sempre: o estádio do Dragão, a ponte da Arrábida, o Palácio de Cristal, a ponte D. Luis I, a antena da RTP no Monte da Virgem, a Casa da Música, a Praça Mouzinho de Albuquerque, o cemitério de Agramonte, a casa dos meus sogros. São momentos sempre sagrados, pois além de rever a minha cidade, sinto que estou a chegar ao meu porto de abrigo, a casa, home sweet home.
Será que alguém me pode explicar porque é que a rota aérea vinda de Londres tem de passar primeiro por Gaia, pelo Porto e Matosinhos para ir aterrar na Maia?
Já faltou mais...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Clotho, Lachesis e Atropos



Hoje voltei ao Victoria and Albert Museum. Devido às dimensões e quantidade de peças em exposição no museu, só hoje vi as tapeçarias e fiquei encantada.
As duas tapeçarias fotografadas representam figuras da mitologia grega.
Em relação à 1ª tapeçaria: estão representadas as 3 filhas dos deuses Themis e de Zeus, conhecidas como as Moirae, por serem descendentes de Moira, a deusa original do destino. Eventualmente, todas os seres vivos terão de se submeter a elas. Clotho gira a linha da vida, Lachesis determina o compromento da linha e Atropos corta a linha quando chega o momento da morte. Quando alguém nascia, as Moirae criavam a linha da sua futura vida, seguiam os seus passos e direccionavam as consequências dos seus actos de acordo com o conselho dos deuses. Até os deuses as temiam, uma vez que o seu destino estava nas mãos delas. Nesta tapeçaria está simbolizada a morte de uma mulher, pois estão as Moirae em cima dela.
Já na 2ª tapeçaria, estão representadas figuras da Igreja em cima de Clotho, isto é, a vitória sobre a morte e o fim das crenças mitológicas.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Super Mario Galaxy


Super Mario Galaxy é um jogo da Nintendo para a Wii. Mas não é esse o motivo do post de hoje.
Olhem bem para a fotografia anexa. Voltem a olhar com mais atenção. Agora reparem nas letras que têm uma estrela.
Vá... eu dou uma ajudinha: na 1ª linha: U R, na 2ª linha: M R e na 3ª linha: G A Y, resultado: U R MR GAY (you are Mr gay).
Coincidência ou nem por isso? Resta-nos a dúvida.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

British Museum


Hoje fui ao British Museum. Cheguei à Great Russell Street e peguei na minha fiel máquina fotográfia e tirei uma fotografia à fachada a partir da rua e... a máquina não tirou mais fotografias... a carga das pilhas tinha terminado (convém informar-vos de que tinha verificado em casa o estado da bateria!) enfim... tenho de lá voltar para tirar umas fotografias! Além disso quero ir ver a exposição do exército de terracota chinês.
Ainda tive tempo de dar uma voltinha pela apinhada Oxford Street e suas lojas.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Portugal no seu melhor


A primeira vez que li o nome da nova rede móvel portuguesa pertencente aos CTT fiquei estupefacta. A fonética é simplesmente um misto de mau gosto e má criação. Não entendo... quer dizer até entendo, é mais um reflexo da sociedade que temos. Resta-me a indignação.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Oprah's Favorite Things 2007




Um dos meus programas de TV preferidos é o talk show da Oprah (cá não dá em nenhum dos canais que tenho em casa).
Todos os anos ela faz uma lista com os produtos preferidos dela: a Oprah's Favorite Things. É óbvio que os produtos ganham outra relevância e dimensão assim como a sua procura aumenta. Este ano ela incluiu na sua lista um produto português: os sabonetes Claus Porto.
Esta marca prtuguesa existe desde 1887, mas foi nos anos 1940/50 que atingiu a liderança do mercado, já com as marcas Ach. Brito e Claus Porto. Mas a partir da década de 80 a empresa enfrentou sérias dificuldades devido à concorrência das multanacionais e os processos de distribuição moderna. Nos anos 90 estabeleceu uma parceria com a empresa retalhista Lafco (um advogado americano viu um sabonete numa montra de uma mercearia portuguesa em New Jersey, tendo ficado impressionado com o rótulo), o que tornou esta marca numa marca de luxo.
Desde sempre que era conhecida pela qualidade e inovação dos seus produtos, nomeadamente a nível das embalagens (nos anos 50 foi criada uma litografia onde os rótulos eram pintados à mão).
Actualmente, a Claus Porto é uma marca com uma linha de produtos de gama alta dirigida ao mercado estrangeiro e já se tornou numa moda das elites internacionais e na decoração de interiores (os seus produtos seguem processos de produção tradicionais, inteiramente manuais e são embrulhados à mão em coloridas embalagens com um belo design gráfico proveniente dos seus arquivos próprios); enquanto que a Ach. Brito é comercializada no mercado nacional.
Há pouco tempo o Turismo de Portugal fez uma campanha de promoção em terras de Sua Majestade. Inserida nessa campanha estava uma mostra de produtos portugueses no Harrod´s, e uns dos produtos expostos eram os sabonetes Claus Porto (eu vi essa mostra!).
É uma marca que se destaca pela diferença, num país onde o negativismo e o chico-espertismo impera. Um exemplo, sem dúvida, a seguir.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Covent Garden



Ontem fui a Covent Garden, está bem diferente daquilo que me lembrava. Já não estava lá a minha loja preferida: a de casas das bonecas. Ainda tive tempo para um passeio pela Chinatown (pareceu-me mais pequena do que da outra vez), assim como por Leicester Squarre, Picadilly, Regent Street, Beak Street e, como não poderia deixar de ser, Oxford Street.
Por incrível que pareça não consigo encontrar por estes lados uma loja que venda linhas, feltro, agulhas,..., material de craft. Pela procura que fiz na net apenas encontrei uma loja e quando lá fui só vendia missangas e afins. Parece que vou ter de me abastecer destes materiais na próxima visita à terrinha (que afinal não é assim tão terrinha e tem imensas retrosarias).

domingo, 2 de dezembro de 2007

Decoração de Natal



Hoje decorei a nossa casa com motivos natalícios. Apesar de ter comprado feltro vermelho para me aventurar a fazer umas decorações, tudo o que cá coloquei foi comprado em Portugal excepto a àrvore de Natal em feltro verde que veio do Homebase e do presépio pequenino que trouxemos do México (este presépio é composto de 2 partes: a cabana e o presépio em si, geralmente a cabana coloca-se por cima do presépio).
Há uns tempos descobri 2 igrejas com missa em português: a de Fulham aos Domingos às 15:00 e a de Bayswater também aos Domingos, mas às 11:00. Hoje resolvi ir à de Bayswater. Apesar de ter um autocarro quase directo, preferi ir a pé, demorei cerca de 55 minutos, mas o passeio compensou, não só pelo exercício físico como pela descoberta de novos locais a visitar no futuro. Como católica praticante que sou, sentia-me orfã desde que me tinha mudado para cá, já tinha ido à missa em inglês, mas fiquei insatisfeita. Hoje pelo contrário, senti que tinha dado um pouco de alimento à minha parte espiritual. Confesso que no caminho me interroguei sobre o tipo de pessoas que lá estariam, sobre o tipo de padre e se seria mesmo em português ou em "brasileiro", todos esses meus receios foram ultrapassados quando me sentei na igreja. Gostei do padre, o que para mim é dificil à primeira impressão pois sou muito criteriosa e selectiva nestes termos. Hoje senti-me "em casa". Uma experiência a repetir, da próxima vez aqui ao lado em Fulham, com um horário mais apetecível!

P. S. a luz cá de casa não permite fotografias de melhor qualidade...